O próprio presidente do Timão, Andrés Sanchez, com a ajuda do Rosenberg, está desrespeitando o manto mais valioso do país. Se você está acreditando no lucro de 50 milhões, vamos conversar.

Primeiro, entenderemos qual a lógica usada pela diretoria. Rosenberg, ao invés de pedir o valor total do patrocínio master, que gira no entorno de 40 milhões por ano, resolveu dizer: 'eu acredito na Fiel, então vou fazer um desconto para o BMG em troca de um lucro maior numa parceria com o banco'. Ou seja, troca o valor fixo por uma estimativa -- que pode ser acima, mas também pode ser abaixo do preço fixo. É um negócio muito mais simples de fechar, pois o banco corre risco zero.

Agora vamos discutir a atitude. O Corinthians faz uma projeção, assim como fez com a Arena. Logo, dependem do engajamento da torcida e do mercado nacional. Na Arena, essa dependência vem trazendo dificuldades. Na parceria com o BMG, o Corinthians espera 200 mil contas em um ano, enquanto com a Caixa conseguiu 8 mil em dois anos.

O problema é o seguinte: a proposta desvaloriza a camisa mais valiosa do futebol brasileiro. A camisa que mais vende, que mais traz audiência, a de maior público. Se o Corinthians não consegue um patrocínio pelo valor fixo total, não é culpa do mercado, uma vez que os outros clubes conseguem pelos preços que valem.

Também devemos enxergar que o BMG não corre risco nenhum com a parceria Meu Corinthians BMG: o clube atrai clientes para o banco, numa estrutura digital que o banco já possui. Se alcançar a meta, o banco fatura alto; Se o Corinthians não atrair ninguém, o banco não perde nada. Logo, o Corinthians não deve nenhum favor a eles, muito menos um desconto de 3/4 no patrocínio master. Na minha visão, os dois só valeriam como uma coisa só se o BMG tivesse riscos na parceria, mas não é o caso.

Agora, o master do Corinthians vale 12 milhões, e o Corinthians passa por uma incerteza de que a parceria vai ou não dar certo. Será que valeu a pena?